Lugares Sagrados

AUTORA
Professora Ana Paula S. Floriano, 4º ano A

O trabalho com Ensino Religioso na escola, área prevista na BNCC, é uma questão que pode levantar vários questionamentos quanto à metodologia e também a postura que o docente adotará diante desta disciplina. Portanto, há que se ter cuidado com a forma como abordar os mais variados temas propostos nesta área.

Desta forma devemos buscar maneiras dinâmicas e interessantes para apresentar as mais diversas culturas e tradições religiosas, mostrando suas diferenças e particularidades. Assim, ao reconhecer que o Brasil é um país laico, que não adota apenas uma religião como oficial, os estudantes passam a perceber que todos têm o direito de exercer suas crenças, das mais variadas formas e nos mais variados lugares.

Com esse olhar de respeito à diversidade religiosa, nós, do 4º ano A, da Escola Municipal Professora Izélia Santina Marconato Prates, de Guamiranga, estamos desenvolvendo um trabalho que se estenderá por todo o 1º trimestre, sobre os Lugares Sagrados das variadas religiões do nosso país, conteúdo este previsto pela BNCC em nossa grade curricular.

Iniciamos pesquisando sobre as tradições religiosas indígenas, grupo étnico que já habitava o território brasileiro antes da chegada dos portugueses, por isso, nossa escolha por iniciar conhecendo e explorando mais sobre suas tradições. Escolhemos o povo Guarani, que vive em regiões brasileiras, inclusive no nosso estado do Paraná, e também no Paraguai, Argentina e Bolívia.

Por meio de vídeos e leituras conhecemos a Opy, lugar sagrado dos índios Guarani que representa para eles a divindade e toda a proteção que eles precisam. É um espaço simples, grande, sem divisórias e com apenas tapetes os pequenos bancos em suas laterais. Todos tiram o calçado para entrar na Opy, mesmo sendo ela, de chão batido. O Pajé, líder religioso, é quem preside os rituais, sendo considerado uma das figuras mais importantes dentro da tribo.

O interesse das crianças superou minhas expectativas, pois, demonstraram entusiasmo em conhecer detalhes da tradição Guarani, como seus rituais de cura, rituais de batismo sagrado, de benção das sementes de milho antes do cultivo, enfim, tudo o que conheciam despertava muitas conversas e mais curiosidade.

Após algumas aulas, veio a ideia, sugerida por alguns estudantes, de fazermos uma maquete da Opy. Isso me alegrou muito, pois, percebi que o trabalho foi muito válido, as crianças realmente se apropriaram do conhecimento e gostaram de conhecer sobre uma tradição tão diferente daquela com que eles estão acostumados.

As maquetes serviram de avaliação do trabalho realizado e foram feitas em casa, com a participação da família, o que é extremamente louvável e enriquecedor para nossas crianças. No dia marcado todas trouxeram suas criações e fizemos uma exposição para toda a escola.

É muito bom promover o conhecimento sobre as mais diversas religiões e seus valores. Mostrar aos nossos educandos que existem inúmeros lugares sagrados, inúmeras formas de manifestar nossas crenças.

O conhecimento sobre esta diversidade é importante para a construção de uma sociedade mais justa, empática e respeitosa.















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